quarta-feira, 15 de julho de 2009

Gotham City Contra o Crime

Gotham City Contra o Crime era uma HQ do universo do Batman, que tinha como objetivo mostrar a dura vida dos policiais de Gotham. Contando com roteiros de Ed Brubaker e Greg Rucka e arte de Michael Lark, a série tinha pouquíssima participação do homem-morcego e mostrava os policiais de Unidade de Crimes Hediondos (UCH) fazendo de tudo para manter a lei nessa insana cidade, principalmente sem precisar recorrer ao batsinal.

A série conta com personagens muito interessantes e bem trabalhados, sendo a maioria criado especialmente para a série. Alguns conhecidos dos leitores são os detetives Crispus Allen e Renee Montoya, que já participavam das histórias do morcegão há bastante tempo. O Comissário Michael Akins (que substituiu James Gordon depois que este se aposentou) é outro que já tinha aparecido em algumas histórias. Mas entre os personagens conhecidos também há uma surpresa: Maggie Sawyer. Ela era uma personagem regular na série do Superman, onde trabalhava na Unidade de Crimes Especiais, até ser transferida para Gotham City e assumir o posto de Capitã da UCH.

No Brasil, Gotham City Contra o Crime chegou em seis volumes encadernados, lançados pela Panini.

No primeiro volume, Brubaker e Rucka já nos mostram como é difícil ser policial em uma cidade cheia de malucos. Logo no começo, um dos detetives é assassinado pelo Senhor Frio e o resto da UCH faz de tudo para pegar o vilão sem ter que chamar o Batman, já que o comissário Michael Akins não gosta da colaboração de vigilantes. Essa primeira história tem apenas duas partes e serve mais para conhecermos os personagens e como eles se relacionam uns com os outros. Já a segunda história mostra os detetives atrás de um assassino que, ao que tudo indica, está ligado ao vilão Incendiário.

Já o segundo volume traz um único arco de histórias. Com o nome de Meia Vida, o arco foi vencedor do Eisner Award, um dos maiores prêmios da indústria dos quadrinhos. A história mostra a detetive Renee Montoya sendo ameaçada por um suspeito criminoso e um segredo da sua vida acaba vindo à tona. Esse arco volta a mostrar a estranha relação de Renee com o Duas-Caras, que começou na saga Terra de Ningém.

Mas, na minha opinião, a melhor história aparece no terceiro volume. Com o título de Alvos Fáceis, ela mostra o Coringa aterrorizando Gotahm City com um fuzil de alta precisão. Na semana do natal, o palhaço do crime simplesmente resolve sair por aí matando algumas autoridades. Nessa história acontecem ainda mais duas baixas na UCH, sendo que um o Coringa mata com as próprias mãos e muito sangue frio. Eu, como fã do Coringa, acho a história fantástica.

Apesar de ter ainda mais três volumes que encerram a série, pra mim as melhores histórias estão contidas nesses três primeiros. O que não quer dizer que não tenha coisa boa nos últimos. O volume 4, por exemplo, traz o arco Não resolvido, que conta com o retorno de Harvey Bullock, velho conhecido dos fãs de Batman. Já no volume 6, o arco Corrigan II mostra a morte de mais um detetive e a policial Renee Montoya indo até as últimas consequencias para tentar colocar o assassino atrás das grades.

Infelizmente, atualmente é um pouco difícil encontrar esses encadernados, mas com certeza é uma compra que vale a pena. Bem que a Panini podia lançar uma mega coletânea contendo todas as edições em um único volume. Sonhar não custa nada.

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