terça-feira, 24 de novembro de 2009

2012

Primeiro, o fim do mundo foi prometido para o ano 2000; depois, os "estudiosos" se corrigiram, afirmando que tudo acabaria na virada do século, em 2001. Obviamente, eles erraram mais uma vez e todos meio que deixaram pra lá essas histórias sobre o apocalipse. Mas eis que, de uns tempos pra cá, os alarmistas de plantão começaram a dizer que os maias previram o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012. E deve ter sido nesse momento que o diretor Rolland Emmerich pensou "opa, é nessa que vou me dar bem dessa vez".

Com o simples título de 2012, a nova produção do diretor alemão responsável por Independence Day e Godzilla, é mais um daqueles filmes catástrofes, com o mundo sendo modificado completamente e uns poucos sobreviventes para reconstruí-lo depois. O grande problema do filme é ele ser mais do mesmo e estar recheado de cenas e personagens clichês. Estão ali, por exemplo, o presidente americano altruísta (Danny Glover); o cara que ainda ama a ex-esposa (John Cusack); o filho que não se dá bem com o pai, mas adora o padrasto. Enfim, tudo ali já foi visto em algum outro filme do tipo. Isso sem contar que dá pra saber exatamente o que vai acontecer com cada novo personagem que surge na tela.

Pelo menos a história não tenta passar nenhuma lição sobre proteger o planeta, a destruição era simplesmente inevitável. Tudo começa quando o sol passa a emitir intenas radiações solares, fazendo com que as placas tectônicas da Terra passem a se mover de maneira absurda. Infelizmente, o filme ainda tenta passar aquelas batidas lições de redenção. Praticamente todos os personagens estão tentando se redimir por alguma coisa que fizeram no passado e, obviamente, toda essa destruição vai ajudá-los a corrigir os erros cometidos ou se reaproximar de pessoas queridas.

As cenas de ação até que são divertidas, mas poderiam ser bem melhores se tudo não fosse tão grandioso. Todas as cenas são inverossímeis demais e, como eu disse no parágrafo acima, são cheias de clichês. Não faltou nem a clássica cena em que um avião corre a toda velocidade, tentando levantar voo antes que a pista acabe, aí ele cai em um buraco...alguns segundos de tensão e o veículo sai voando, triunfante, ao som de uma música de vitória. E uma cena desse tipo acontece duas vezes ao longo da projeção. Além disso, os protagonistas do filme parecem ser protegidos por alguma força sobrenatural. É impressionante como, com a Califórnia vindo abaixo, a família de protagonistas é a ÚNICA que consegue escapar de absolutamente tudo e utilizando apenas um simples carro. Tudo bem que esse tipo de filme é pra ser mentiroso mesmo, mas nem com muita boa vontade dá pra acreditar que alguém sobreviveria às situações mostradas em 2012. Quanto a tão comentada cena do Cristo Redentor sendo destruído, cuidado para não piscar ou vai acabar não vendo.

Enfim, os fãs de filmes de catástrofe provavelmente vão gostar de 2012, apesar de existirem opções melhores. Mas se você já não gostou de Godzilla ou O Dia Depois de Amanhã, passe longe desse filme porque ele não traz nenhuma novidade em relação a esses dois.

domingo, 15 de novembro de 2009

Há exatos 114 anos nascia o Clube de Regatas do Flamengo

Esse com certeza vai ser o post menos nerd deste blog, mas eu tinha que homenagear o meu time do coração, o time conhecido como o mais querido, aquele quem tem a maior torcida do mundo. Tenho que começar dizendo que 114 anos atrás as pessoas provavelmente viviam com um desgosto profundo, pois faltava um Flamengo no mundo. Às vezes tem gente que pergunta "por que você torce pelo Flamengo?", mas a verdade é que nós rubro-negros não torcemos apenas, nós somos Flamengo. É isso que diferencia nossa torcida dos outros, mesmo quando temos jogadores rídiculos em campo, nós dizemos sempre que eles são os melhores do mundo (Obina já foi até melhor que o Eto'o). A relação da torcida com o clube é como um casamento, brigamos muitas vezes, mas sempre fazemos as pazes.

Em 114 anos de história, o Flamengo já passou por vexames, como os 6 a 0 para o Botafogo, goleada que foi devidamente devolvida à cachorrada. Também já goleamos o pó de arroz por 7 a 0. Já ganha
mos uma Libertadores de um Mundial, mas também já fomos eliminados de forma bizonha da Libertadores, dentro do Maracanã. Temos 5 brasileiros (embora os arco-íris adorem falar que são 4, mas o que se pode esperar de torcedores que se contentam com título da série B?). Infelizmente, já faz 17 anos que não vencemos um Brasileiro, quem sabe esse ano com a ajuda do ídolo Petkovic a gente não consigue? E por falar no velhinho, foi ele o responsável por uma das nossas conquistas mais heróicas dos últimos anos: o tricampeonato carioca em 2001, em cima do Vasco. Eu não tive a oportunidade de ver o Zico jogar, mas pelo menos vejo o Pet.

E se o assunto é Campeonato Carioca, 2009 foi o ano que o Mengão finalmente ultrapassou o Fluminense em número de títulos, são 31 pra gente contra 30 do flor. E olha que começamos a disputar o Carioca muitos anos depois deles heim. Pra ficar melhor ainda, o 31º título veio com mais um tricampeonato (o quinto), dessa vez em cima do Chorafogo, que se mostrou um vice pouco digno, o que me faz ter saudades do Vasco como nosso vice.

2009 é também o ano em que o Flamengo voltou a disputar de verdade um Campeonato Brasileiro. Depois de anos brigando pra não cair, pela primeira vez nós não chegamos na zona do rebaixamento. Muito pelo contrário, até a presente data brigamos pelo título. Se vamos conseguir ou não, é outra história, mas pelo menos estamos lutando lá em cima, enquanto dois dos nossos rivais brigam pra não cair e o outro disputou a série B.

Pra finalizar, hoje tem jogo contra o Náutico, importantíssimo pro Flamengo seguir na briga pelo título. E, apesar de ser o Flamengo que faz aniversário, nada melhor do que o time dar a vitória de presente pra essa torcida maravilhosa. Uma torcida que é chamada de Nação não é a toa.

Saudações Rubro-Negras e parabéns ao Clube de Regatas do Flamengo!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Os Fantasmas de Scrooge

Fim de ano é sempre aquela época em que você se reúne com os parentes (mesmo aqueles mais chatos) para comer até cair e trocar presentes. Sempre tem aquela tia velha e chata, que você não vê durante o ano inteiro, e vem com aquele papo "nossa, como ele está grande", ignorando que você está ali do lado e falando na terceira pessoa. Um outro elemento que nunca pode faltar no fim do ano são os filmes natalinos, além é claro dos filmes da Xuxa e do Didi, que fazem a alegria da molecada nas férias. Mas por algum motivo, a Disney resolveu lançar seu filme de natal agora, ainda no começo de novembro. Não sou muito fã desse tipo de filme, mas como gosto do trabalho do diretor Robert Zemeckis e de filmes em 3D, lá fui eu assistir Os Fantasmas de Scrooge.

Provavelmente, todos já conhecem a história, afinal, ela é baseada em um texto escrito por Charles Dickens, em 1843, chamado
Um Conto de Natal, e já foi adaptada diversas vezes. Nela, Ebenezer Scrooge (Jim Carrey, no original, e Guilherme Briggs, na versão dublada) é um velho avarento, que não acredita no espírito natalino, sua única crença é em juntar cada vez mais dinheiro, mesmo que seja para nunca gastar um centavo. Além disso, vive tratando mal seus empregados, seus parentes e qualquer outra pessoa que acredite no natal. Até que em uma véspera de natal, o velho recebe a visita de três fantasmas: o dos natais passados, o do natal presente e o dos natais futuros. A partir daí, Scrooge embarca numa jornada onde vê todos os erros cometidos e tem que aprender o significado do natal. É aquela história edificante de sempre.

O que faz o filme realmente valer a pena é a direção de Zemeckis. O cara começou a usar a tecnologia 3D e de captura de movimentos em O Expresso Polar (também um filme natalino), depois aperfeiçoou em Beowulf, mas em Os Fantasmas de Scrooge o nível de detalh
amento dos personagens e dos cenários é impressionante. E é engraçado como as coisas mais simples às vezes são as que mais nos chamam a atenção, a neve caindo em 3D é de uma beleza quase real, parecia que realmente estava nevando ali no cinema. Além disso, os personagens são bem reais, mesmo que alguns sejam mais caricatos do que outros. Apesar de todas as rugas e do nariz e queixo alongados, ainda conseguimos reconhecer o Jim Carrey ali no velho Scrooge. Não é a toa que alguns entusiastas dizem que no futuro todos os filmes serão feitos com captura de movimentos.

E não se deixe enganar pelos trailers, que sempre mostram as cenas mais aventurescas para atrair as crianças ao cinema, de infantil Os Fantamas de Scrooge não tem quase nada. Ao contrário de O Expresso Polar que toda hora tinha uma cena de perseguição ou de alguém caindo de um lugar alto, aqui o foco está mesmo nos personagens, não na aventura. Não espere aqueles cortes rápidos de uma cena para outra, típicos de filmes infantis, o diretor geralmente filma cenas mais longas, com foco nos personagens, não na aventura. Nada mais justo para um filme com uma história bem melancólica. A história triste da família do empregado de Scrooge, Bob Cratchit (Gary Oldman), é de partir o coração.

Para aqueles que acham que o natal é uma época em que as pessoas podem mudar completamente, esse é um bom filme, apesar de achar difícil que alguém ainda não conheça a história (acho até que ela já foi parodiada em um episódio dos Simpsons). Mas se você é daqueles que não suportam filmes com lições de moral e nem gosta do natal, pode passar batido por Os Fantasmas de Scrooge.




PS: Antes da sessão, passou o trailer de Alice no País das Maravilhas, do Tim Burton. Eu já tinha assistido o trailer na internet, mas vê-lo em 3D foi outra experiência. O filme parece ser fantástico, uma das cenas mostrava o Gato Risonho se aproximando do público de tal maneira que parecia que ele estava realmente ali na minha frente. Claro que trailers podem ser enganadores, mas ao que tudo indica o filme vai valer a pena e TEM que ser assistido em 3D.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Michael Jackson's This It

Apesar dos anúncios do filme falarem que a projeção mostraria os últimos ensaios de Michael Jackson, eu fui ao cinema com um certo medo de que o documentário não passasse de várias pessoas falando sobre a morte do astro, com algumas poucas cenas do ensaio. E o medo só aumentou quando o filme começa sem áudio algum, com um texto explicando que o que vamos assistir são os últimos ensaios do rei do pop. Aí surgem os depoimentos de alguns dançarinos que estavam lá fazendo testes para integrar a equipe de Michael, todos eles contando como o cara influenciou suas carreiras e tal.

Mas, felizmente, esse tom melancólico só dura alguns minutos, desaparecendo quando Michael Jackson finalmente entra em cena. E, para aqueles que duvidavam que o astro a
inda era o rei do pop, todas as dúvidas se dissipam quando ele começa a dançar ao som de "Wanna Be Startin Somethin". Com quase 50 anos, MJ ainda dançava e cantava muito, mesmo depois de tanto tempo sem se apresentar. As cenas são compostas de vários ensaios diferentes, algumas com imagens de qualidade menor do que as outras, e às vezes a tela fica dividida mostrando ensaios de dias diferentes.

A parte documental do filme não traz nenhum depoimento após a morte de Michael, é tudo material apenas dos ensaios mesmo, provavelmente seria um making of para o dvd do show que certamente seria lançado. Nessas partes nós vemos como o artista era perfeccionista ao extremo e nada passava despercebido por ele, desde algum dançarino fazendo algo errado na coreografia até o som dos instrumentos, que ele exigia que ficassem exatamente iguais como estava nos discos dele. "É o que os meus fãs esperam ver no show", diz o cantor.

E falando em show, This Is It tinha tudo para ser um dos melhores shows de Michael Jackson. Além de estar em plena forma, Michael e o diretor do espetáculo, Kenny Ortega, tinham preparado várias coisas especiais para aparecer durante a apresentação de algumas músicas. "Smooth Criminal", por exemplo, começaria com um vídeo de Jackson interagindo com o filme Gilda, de 1946, onde ele aparece fugindo de alguns bandidos, vestido com aquele inconfundível terno branco. Já no clássico "Thriller", além de um vídeo mostrando os zumbis saindo das tumbas, teria ainda vários fantasmas que voariam entre a plateia. Teria sido sensacional assistir ao show e ver como tudo isso funcionaria junto com a performance no palco. A única coisa que senti falta foi da clássica inclinada de corpo pra frente, que Michael e seus dançarinos geralmente faziam em "Smooth Criminal".

Infelizmente para os fãs de Michael Jackson (e eu me incluo nessa lista) isso é tudo que vamos ver do que seria O show. As pessoas podem até gostar ou não dele, por causa da figura polêmica em que ele se transformou nos últimos anos, mas uma coisa não se pode negar: Michael Jackson ainda era o melhor no que fazia. E ainda bem que Michael Jackson's This Is It é um documentário que celebra todo o talento do Rei do Pop e não um chororô por causa da morte dele.



Músicas que aparecem no filme
:

"Wanna Be Startin' Somethin'"
"Jam"
"They Don't Care About Us"
"Human Nature"
"Smooth Criminal"
"The Way You Make Me Feel"
"I Want You Back"
"I'll Be There"
"I Just Can't Stop Loving You"
"Thriller"
"Beat It"
"The Earth Song"
"Billie Jean"
"Man In The Mirror".

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Gamer

Quando li as primeiras notícias sobre Gamer, pensei logo que seria mais um filme no estilo de Mandando Bala, daqueles que você desliga o cérebro e curte toda a matança. Infelizmente, o filme não é totalmente assim, ele possui uma história que insiste em interromper a ação frenética. O problema é que essa história é bem clichê. A premissa é bem besta: em um futuro não muito distante, o empresário Ken Castle (Michael C. Hall, o Dexter) cria um jogo de tiro chamado Slayers, no qual os jogadores controlam pessoas de verdade em um campo de batalha, é como um Counter Strike com gente de verdade. Esse controle é possível graças à outra invenção de Castle, o nanex, que é uma espécie de nanotecnologia que modifica as células do cérebro. E todos os controlados são presidiários que foram condenados ao corredor da morte e recebem a escolha de poder atuar em Slayers, sendo libertados se sobreviverem a 30 batalhas. E faltam apenas três batalhas para o herói Kable (Gerard Butler) se tornar campeão e conseguir a liberdade, o que parece não agradar Ken.

Além de Slayers, Ken Castle criou outro jogo, Society, onde pessoas são pagas para serem controladas por outras pessoas, em uma espécie de The Sims com gente de verdade. A esposa de Kable trabalha em Society e é controlada por um pervertido que não perde uma oportunidade de colocá-la para fazer sexo. Para ele é apenas um jogo, mas para ela é tudo de ver
dade. E aí, sabendo que a mulher e a filha estão com problemas, além de correr risco por algo que aconteceu no passado, Kable resolve fugir sem tentar completar as 30 batalhas.

O filme já começa mostrando uma dessas batalhas, com ação frenética e tiros e explosões para todos os lados. Como a classificação é 18 anos, temos bastante violência, com algumas mortes mostrando muito sangue. Uma das coisas que eu achei bem interessante é que às vezes aparece na tela o HUD, que são todas aquelas informações que aparecem na tela de um jogo, como a energia do personagem, por exemplo. Em certo momento, nós até vemos o campo de batalha através do ponto de vista do jogador, com várias informações na tela e uma visão em terceira pessoa, como em Resident Evil 4. As cenas de ação realmente parecem saídas de um game, com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas achei que alguns tiroteios podiam ter sido melhor mostrados, às vezes mal dava pra ver o estrago que um tiro causava.


Infelizmente, o filme não fica só dentro do "jogo", em pouco tempo Kable já está fora da prisão, em busca de vingança. A solução que ele arranja para colocar combustível no carro e escapar é sensacional. Mas teria sido mais interessante se a história se focasse justamente no dia-a-dia dos presidiários e em tudo que eles fazem para vencer ou escapar. Teria muito mais ação e matança dessa maneira.

O maior ponto positivo fica por conta da escolha dos protagonistas. Depois de interpretar o rei Leônidas, Gerard Butler com certeza foi a escolha certa para um personagem que faz cara de mau o tempo todo e mata praticamente qualquer um que apareça na frente. Do outro lado, temos Michael C. Hall fazendo o que ele faz tão bem em Dexter, alternando entre o Ken Castle bonzinho, que aparece na mídia, e o louco que quer dominar o mundo.

Gamer é mais um daqueles filmes que serve para distrair em um fim de semana que você não tenha nada para fazer. Não possui a mesma diversão despretensiosa de um Mandando Bala, mas mesmo assim consegue divertir por uma hora e meia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dragonball Evolution

Dragonball Evolution já começa errado desde o título, afinal, a obra de Akira Toriyama se chama Dragon Ball. Mas esse é apenas um pequeno detalhe em meio a tanta besteira. A principal delas é a descaracterização de praticamente todos os personagens. O Goku do filme, por exemplo, é um adolescente que vive sendo zombado e é doido para arranjar uma namorada. Qualquer um que conhece o mangá ou o anime, sabe que o Goku é um dos personagens mais inocentes que existem, a última coisa que ele pensaria é em arranjar uma namorada (até hoje não sei como ele conseguiu fazer dois filhos). Em certo ponto do filme, chega ao absurdo do Goku só conseguir aprender o Kame-hame-ha depois que a Chi-Chi promete que ele vai ganhar um beijo. O personagem melhorzinho é o Mestre Kame, que está sempre com uma camisa havaiana e é um tarado, mesmo que seja em uma escala bem menor do que no mangá.

Outro erro da produção é ignorar uma das coisas fundamentais de Dragon Ball: o Torneio de Artes Marciais. No anime, as histórias na maioria das vezes girava em torno de uma grande torneio, eles ficavam vários episódios apenas treinando, ansiosos para o dia em que enfrentariam poderosos adversários. Já no filme, a competição é apenas citada como sendo algo grandioso, mas tudo que vemos é uma rápida luta de Chi-Chi contra uma capanga do Piccolo. Aliás, felizmente o vilão é verde, ao contrário do que parecia nas fotos e no trailer. E nem preciso falar da falta de sangue no filme, já que ele é feito para crianças, as mesmas que provavelmente assistem ao anime repleto do líquido vermelho.

Mas tudo isso poderia ser deixado de lado se pelo menos a produção do filme fosse decente, mas nem isso se salva. Alguns efeitos especiais são vergonhosos, como a cena em que Goku, Bulma e Mestre Kame estão andando de moto no deserto, dá pra ver claramente que eles estão atuando com um fundo verde. O efeito dos monstros do Piccolo se reconstruindo é coisa digna dos Power Rangers. Isso sem falar em furos bestas no roteiro, como quando o Mestre Kame diz que tem uma esfera do dragão e a Bulma se espanta com isso. Como ela se espantou se eles chegaram na casa do Kame justamente porque a garota rastreou uma esfera lá dentro? E quando o Mestre Kame e Goku procuram a esfera pela casa, a Bulma fica lá com cara de bunda em vez de usar o radar. Sei que a molecada nem repara nessas coisas, mas custava caprichar um pouco mais?


E como se não bastasse a tortura que o filme é, ainda tem uma cena depois dos créditos, que eu só assisti porque avancei o filme, com certeza não ficaria no cinema esperando ela aparecer. E como não poderia deixar de ser, a cena não faz sentido algum. Ela mostra uma mulher cuidando do Piccolo após ele ter sido derrotado. Porra, Goku e Piccolo se enfrentaram em um lugar remoto, aí o cara cai derrotado bem ali, perto do local da luta, como é que a tal mulher encontrou o verdinho? E antes que alguém reclame que eu contei o final do filme, qualquer pessoa com dois neurônios consegue adivinhar como ele termina.

Pra não dizer que eu não gostei de nada, até que o efeito especial do Kame-hame-ha ficou legalzinho. E também gostei das asiáticas gostosas que usavam roupas com decotes. Enfim, Dragonball Evolution foi uma hora e 25 minutos da minha vida que eu nunca mais vou recuperar.


PS1:Como fã de Dragon Ball, peço desculpa pela heresia que cometi ao assistir esse filme.
PS2: Gostaria de mandar meu primo André para o inferno, pois foi ele quem me convenceu a assistir essa coisa bizarra.

  ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO