quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Soldado Universal 3: Regeneração

Eu sempre gostei de Soldado Universal, mas as continuações acabaram me deixando perdido, algumas eram com Jean-Claude Van Damme (astro do primeiro filme), enquanto outras colocavam outros atores no papel de Luc Deveraux. Mas quando li que sairia um novo filme da série com participação de Van Damme e Dolph Lundgren, fui obrigado a assistir.

A história mostra um grupo de terroristas chechenos que raptam os filhos do presidente e tomam a usina nuclear de Chernobyl, ameaçando desencadear uma nuvem radioativa se as exigências deles não forem atendidas. Para ajudar nos seus objetivos, os terroristas utilizam uma nova geração de Soldados Universais, dessa vez clones de soldados mortos em combate, em vez dos próprios soldados mortos. E quem nunca assistiu a algum outro filme da série não precisa se preocupar, tudo que é necessário para entender esta continuação é explicado por alguém no filme. Mas, sinceramente, a história aqui é o de menos, o que importa mesmo é a ação e a pancadaria.

O filme já abre com uma cena de perseguição alucinante, com carros batendo e a polícia e os terroristas trocando vários tiros. Mas a coisa fica boa mesmo quando os soldados universais aparecem, as cenas de pancadaria entre eles são sensacionais. Nada de cortes rápidos onde você não consegue ver nada, pelo contrário, algumas vezes chega a parecer que as porradas são reais. Chama atenção também a cena em que Luc Deveraux (Van Damme) invade um prédio em Chernobyl, toda filmada sem cortes enquanto ele vai se esgueirando pelos cantos e matando quem aparece pela frente. É tudo muito bem coreografado e sangrento, chega até a espirrar um pouco de sangue na câmera.

Enfim, Soldado Universal 3 não é um filme revolucionário, nem uma mega produção (tanto que saiu direto em DVD), mas é ideal para aqueles que sentem saudades das produções de ação das décadas de 80 e 90, principalmente no que diz respeito à violência. Vale a pena assistir em uma tarde de sábado sem nada pra fazer.


PS: Agora espero ansioso a estreia de Os Mercenários. Esse sim promete ser O filme de ação.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Atividade Paranormal

Em 1999, o filme A Bruxa de Blair conquistou fãs no mundo inteiro com seu jeito novo de fazer terror: câmera nas mãos dos atores e uma historinha pra boi dormir, que dizia que tudo que aparecia na tela tinha acontecido de verdade. Quanto mais gente assistia o filme, mais gente acreditava que era tudo verdade e assim, uma produção que custou apenas 35 mil dólares arrecadou milhões em bilheteria. O tempo passou, todos perceberam que nada daquilo era real e tudo voltou ao normal. Até que, em 2009, apareceram outros dois filmes nesses moldes: o bom REC e o detestável Atividade Paranormal.

Logo no começo do filme é utilizada a mesma estratégia que foi usada no filme da bruxa, com uma mensagem dizendo que todas aquelas imagens são reais, além de um agradecimento à polícia e às famílas das vítimas por cederem as imagens. Sem contar que aqui também os personagens têm os mesmos nomes dos atores. Será que os produtores acharam que alguém realmente iria cair nessa? Mas mesmo que alguém acreditasse, tudo cai por terra quando o filme começa.

O personagem Micah compra uma câmera para tentar registrar qualquer coisa estranha na casa, já que a esposa dele, Katie, tem sentido coisas estranhas acontecendo de noite. O problema é que o filme ficaria muito chato se mostrasse apenas cenas do quarto do casal de noite (local onde ocorrem as atividades paranormais), então Micah simplesmente não para de gravar. Em Bruxa de Blair, os personagens gravavam o tempo todo pois tinham a desculpa de estar fazendo um documentário, mas em Atividade Paranormal a primeira coisa que o casal faz quando acorda é pegar a câmera. O pior são as cenas em que Micah vai mostrar alguma gravação para Katie, ele simplesmente fica filmando a tela do computador. Isso, além de deixar o filme ainda mais inverossímel, o deixa também repetitivo, uma vez que o público já tinha visto essas imagens que Micah está mostrando para a esposa.

E, como não existe nada tão ruim que não possa piorar, até a edição do filme é ruim. Em certo momento, Katie está gritando e Micah corre para socorrê-la (sempre com a câmera na mão), aí a cena sofre cortes rápidos para não mostrar todo o caminho que o protagonista faz da sala até o quarto, mas o som de Katie gritando é contínuo. Como os produtores esperam que a gente acredite que aquelas imagens são reais fazendo coisas desse tipo? E aquele trailer que mostrava pessoas assistindo o filme e levando vários sustos é pura mentira, na verdade chega a dar sono já que não acontece praticamente nada de interessante, com exceção de uma cena ou outra. Pra não dizer que o filme não tem nada de bom, até que Atividade Paranormal serve pra dar umas risadas com algumas forçadas de barra. É impressionante como os personagens, por mais assustados que estejam, fazem de tudo antes de acender as luzes, provavelmente para deixar a platéia com mais "medo".

Para os fãs de Bruxa de Blair, que estejam procurando um bom filme com câmera na mão, esqueçam Atividade Paranormal. Procurem por REC, que é muito mais divertido, despretensioso e rende alguns bons sustos.

  ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO