terça-feira, 28 de abril de 2009

Tomb Raider Underworld: Lara Croft já viveu dias melhores


Quando saíram as primeiras notícias de que o novo Tomb Raider teria uma versão para PlayStation 2, eu me empolguei bastante, afinal, o anterior (TR Aniversary) tinha sido excelente. Então, essa semana finalmente coloquei minhas mãos no Tomb Raider Underworld e devo dizer que a decepção foi grande.

Vou começar falando dos gráficos. É claro que eu não esperava gráficos no nível de um PS3 ou Xbox 360, mas pensei que fossem estar à altura do Aniversary. Doce ilusão. Os gráficos estão muito abaixo do que se espera de um jogo de PlayStation 2, principalmente depois de jogar Tomb Raider Legend e Aniversary. Nesses dois jogos quando a Lara saía da água, por exemplo, dava pra ver que ela estava molhada, as roupas e o cabelo pareciam realmente estar molhados, além das roupas ficarem pingando durante um tempo. Claro que ela se secava logo, mas pelo menos por alguns segundos você tinha a sensação de que tinha realmente saído da água. Já no Underworld, não existe diferença da Lara em terra firme e da Lara saindo da água, ela está sempre seca. Isso sem contar os cenários com poucas texturas, claramente os produtores simplesmente pegaram a versão de PS3, tirou algumas texturas e fez qualquer coisa pro PS2. A única coisa que se salva é o modelo da personagem que se move de maneira bem natural, apesar de que em algumas fases ela não parece estar realmente ali. Provavelmente deve ser pela grande diferença de qualidade nos gráficos da Lara e dos cenários, os gráficos dela são tão melhores que ela não combina bem com os cenários.

Mas, infelizmente, os gráficos não são o único defeito do jogo, os comandos também estão horríveis. Tudo bem que os comandos de Tomb Raider nunca foram primorosos, mas também nunca estiveram tão ruins quanto no Underworld, principalmente quando você está escalando alguma parede. Várias vezes eu colocava a seta pra esquerda, por exemplo, e a Lara se posicionava para pular pra trás. Isso sem falar da câmera, que já não ajudava muito nos jogos anteriores, mas que nesse jogo além de não ajudar ela atrapalha demais. Morri muitas vezes na tentativa de dar um salto para algum lugar, a câmera simplesmente mudava de ângulo de repente, me confundindo todo e fazendo a Lara cair para a morte. Como eu disse, isso acontecia às vezes nos jogos anteriores, mas no Underworld isso é constante.

Apesar dos defeitos nos gráficos e na jogabilidade, eu poderia relevar tudo isso se Tomb Raider Underworld se saísse bem na categoria que eu considero mais importante na franquia: o desafio. E, mais uma vez, me decepcionei. É bom começar dizendo que o jogo é curto demais, quando pensei que o jogo estava finalmente esquentando, ele simplesmente acaba e sem nenhum chefe pra enfrentar no final. Em vez de ficar feliz ao zerar o jogo eu fiquei decepcionado. O jogo não apresenta um terço da dificuldade que os outros apresentavam, para passar das fases basicamente o que o jogador tem que fazer é andar em linha reta que vai acabar chegando ao final delas, sem contar que as fases são extremamente curtas. Underworld não tem mais aquelas fases gigantes, com templos cheios de detalhes a serem explorados e vários quebra-cabeças para serem solucionados. Os templos são muito fáceis e óbvios, qualquer jogador iniciante vai acabar descobrindo o que tem que fazer. E os inimigos? Praticamente inexistem. Vez ou outra aparece algum bicho pra ser enfrentado, mas é muito fácil se livrar deles. E nenhuma fase tem um chefe. Enfim, a maior dificuldade do jogo está justamente em outro defeito: os controles ruins.

É realmente uma pena ter que falar mal de um jogo que tinha tudo pra ser muito bom. A história é interessante, com a Lara indo atrás da mãe dela, passando por locais como Avalon e Valhalla, cenários que poderiam ter sido muito melhor aproveitados no jogo. Se você nunca jogou algum jogo da série, Tomb Raider Underworld pode ser uma boa, afinal, ele é bem fácil. Mas se você é um fã de longa data da Lara Croft, passe longe dessa bomba, pelo menos da versão de PlayStation 2.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Twin Peaks: mistérios, humor negro e uma maravilhosa xícara de café


A partir do dia 19 de abril, o canal Rede Brasil começa a exibir o seriado Twin Peaks, que foi exibido pela Rede Globo no início dos anos 1990. Então resolvi fazer um post falando um pouco sobre a série e recomendando para quem ainda não assistiu.

O seriado começa com a chegada do agente especial Dale Cooper à cidade de Twin Peaks, para investigar o misterioso assassinato de Laura Palmer, uma adolescente que foi encontrada morta, dentro de um lago e enrolada em um saco plástico. A partir dessa premissa simples, os criadores da série, David Lynch e Mark Frost nos levam a um fascinante mundo de coisas bizarras, praticamente todos os personagens de Twin Peaks são estranhos: Cooper parece ter poderes paranormais (solucionando casos através dos sonhos), um outro agente do FBI, interpretado por David Duchovny, trabalhava vestido de mulher, ou a própria Laura Palmer que não era a garota perfeita que todos pensavam. Isso sem contar que todos os habitantes da pequena cidade escondiam algum tipo de segredo, até aqueles que você imagina que não tinha nada a esconder.

Infelizmente, a série teve apenas duas temporadas, sendo que a segunda teve alguns episódios fracos e confusos, devido ao criador David Lynch ter se afastado da produção para dirigir um filme. Ele retornou apenas nos episódios finais para tentar salvar a série do cancelamento, deixando inclusive um final em aberto que, infelizmente, nunca será solucionado já que o seriado foi realmente cancelado ao final da segunda temporada.

O cancelamento aconteceu por causa da baixa audiência da segunda temporada. A emissora ABC ainda tentou aumentar o público fazendo com que os roteiristas revelassem o assassino de Laura Palmer na metade da temporada. Mas só ajudou a diminuir ainda mais a audiência, já que muitas pessoas só assistiam à série para saber quem havia matado a estudante. Na época, os fãs e até alguns atores do seriado culparam David Lynch pela queda da audiência, considerando-se abandonados pelo criador da trama. Realmente os episódios sem a participação dele são bem fracos, mas eu acho que Twin Peaks seria cancelada de qualquer jeito, ela era muito confusa para o público norte-americano, que gosta das coisas bem mastigadas.

O seriado acabou conquistando o status de cult e continua arrebanhando fãs até hoje, eu mesmo só fui conhecer a série há uns dois anos. A ABC ainda produziu um filme de Twin Peaks, dirigido pelo criador David Lynch. Porém, o diretor não usou o filme para dar um final à série, em vez disso ele preferiu fazer um prelúdio, mostrando a última semana de vida de Laura Palmer. O filme, chamado "Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer", esclarece algumas coisas sobre a série, mas também deixa muitas outras perguntas no ar. Os fãs gostam de dizer que essas perguntas sem respostas é que são o charme da série. Mas atenção, apesar de se passar antes do seriado, o filme deve ser assistido depois porque muitos segredos da série são mostrados no longa metragem, incluindo aí o assassino de Laura Palmer.

E isso é Twin Peaks, uma série com muitos mistérios e um humor negro muito bem trabalhado (pelo menos nos episódios dirigidos pelo Lynch). Então aproveitem a reprise da Rede Brasil, ou comprem os dvds, e divirtam-se com a série. Sempre acompanhados de uma boa xícara de café e vários donuts.

domingo, 5 de abril de 2009

15 anos sem Kurt Cobain


Pois é, há exatos 15 anos, Kurt Cobain se matou e, junto com ele, chegava ao fim uma das melhores bandas de rock, o Nirvana. Eu poderia escrever aqui um texto contando toda a trajetória da banda até a morte do vocalista, afinal, os que me conhecem sabem que eu sou muito fã de Nirvana e do Kurt. Mas, sinceramente, será que alguém ainda não sabe o que foi o Nirvana? Se você nunca escutou falar dessa banda, procure na wikipédia porque meu objetivo com esse post é simplesmente fazer uma homenagem a esse cara que revolucionou o rock nos anos 90.

É difícil explicar o que eu senti quando escutei Nirvana pela primeira vez, só lembro que foi assistindo ao clipe de "About a Girl", tirado do Acústico MTV, e lembro de ter pensado: "nossa, essa banda é muito foda". A partir daí comecei a pegar discos do Nirvana emprestados com amigos, até finalmente ter os meu próprios discos, todos originais, incluindo aquele box só com raridades composto por três cds e um dvd. Foi graças ao Nirvana e ao Kurt que me apaixonei pelo rock, que passei a frequentar vários festivais de rock, onde fiz vários amigos, e que acabei realizando um sonho de montar uma banda (Aneurysma em homenagem a uma música do Nirvana). Tudo bem que a banda acabou durando só um ano, mas foi muito bom mesmo assim.

Enfim, como eu disse logo no começo, esse post foi simplesmente a homenagem de um fã para o seu ídolo. Abaixo eu vou colocar dois clipes do Nirvana, o primeiro é o "Lithium" de um show na MTV que eu considero um dos melhores e o segundo é o clipe de "Sappy", na minha opinião uma das melhores músicas da banda, com uma letra sensacional também, e que só saiu no box de raridades. É isso, apesar da tristeza do Nirvana não existir mais, pelo menos o talentosíssimo Dave Ghrol montou o Foo Fighters, que é outra banda que eu acho do caralho.

Descanse em paz, Kurt, onde você estiver.



Clipe de Lithium:


Clipe de Sappy:

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