terça-feira, 15 de setembro de 2009

Seis meses de Baú do Nerd

Quando criei o Baú do Nerd há 6 meses, eu ficava pensando se finalmente conseguiria manter um blog por mais de uma semana. Felizmente, dessa vez eu consegui, mas é claro que nem tudo sai como a gente planeja. Por mais que algumas pessoas digam que não, quem escreve um blog quer que ele seja lido, e eu não sou diferente. Apesar de receber alguns comentários esporadicamente, não consegui fazer do Baú do Ner o "sucesso" que eu imaginei. Culpa minha mesmo, afinal, não tenho muito o hábito de comentar em outros blogs, sendo que esse é um dos principais métodos de divulgação usados pelos blogueiros. Mas mesmo assim, foi uma realização pessoal ter conseguido a marca de 30 postagens em 6 meses. Pode não parecer muito, mas tenho outro afazeres e não me dedico 100% ao blog, então acho que está de bom tamanho.

Mas como eu disse anteriormente, todo blogueiro quer ser lido e, apesar do Baú do Nerd não ter sido um sucesso, ele me proporcionou conhecer um outro blog sobre o mesmo tema, o Nerds Somos Nozes, e começar a escrever para ele. Comecei como leitor do blog, virei fã e, quando eles abriram uma vaga para redator, enviei alguns textos aqui do Baú do Nerd e fui escolhido como novo membro da equipe.

Enfim, não consegui fazer do meu blog um sucessso, mas por causa dele agora estou escrevendo para um blog bastante lido e que conta com uma equipe muito boa. Ainda pretendo colocar alguns textos aqui no Baú do Nerd, afinal, ele fica sendo uma espécie de portfólio, mas a prioridade agora é para o Nerds Somos Nozes. Então, quem quiser continuar acompanhando meus textos agora tem duas opções: esperar que ele seja publicado por aqui ou procurar direto no NSN, lembrando que lá tem muitos textos bons, não apenas coisa minha.

Então, é isso aí, rumo a mais 6 meses. E para aqueles que quiserem me seguir no Twitter: @felipestorino.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Up - Altas Aventuras

É interessante analisar a trajetória da Pixar desde o começo, com Toy Story, até Up - Altas Aventuras. Antes ela fazia histórias de humor e aventura, com uma pitada de emoção, mas desde Wall-E isso se inverteu, parece que o objetivo da Pixar agora é fazer histórias extremamente emotivas, com algumas pitadas de humor e aventura. E com este novo filme ela não decepciona (a mim pelo menos a Pixar nunca decepcionou).

Na história, Carl Fredricksen, um senhor de 78 anos, resolve realizar o sonho da vida dele: viajar para a América do Sul, levando junto a sua casa. Para isso, ele amarra vários balões no telhado e sai voando rumo à aventura. Porém, no meio da viagem ele descobre que tem um passageiro inesperado, o garoto Russel, de oito anos, que estava na varanda da casa quando esta decolou.

Eu achava que depois de Wall-E a Pixar não fosse mais conseguir emocionar tanto o público. Ledo engano. O filme já emociona logo no começo ao mostrar toda a vida de Carl, desde a infância quando conheceu sua amada Ellie, até o dia em que ela morreu. Toda a sequência que mostra a vida dos dois juntos é contada sem o uso de diálogos, fica tudo a cargo das belíssimas imagens que nos motram tanto os momentos mais felizes (como o casamento), quanto os momentos tristes (quando descobrem que não podem ter filhos). A maneira como é contada a morte de Ellie, com uma referência ao dia em que os dois se conheceram, é de encher os olhos de lágrimas. Aliás, ainda me impressiona como os personagens conseguem passar tanta emoção mesmo sendo tão caricatos, afinal, nenhum dos personagens tem as proporções exatas de um ser humano. Mas pra quem já tinha conseguido fazer isso com personagens robôs que não falavam mais de três palavras, deve ser fichinha fazer isso com humanos.

E falando em personagens, eles estão carismáticos como sempre, a começar pelo velhinho Carl, que na versão nacional foi dublado pelo Chino Anysio. E pensar que alguns analistas da indústria do cinema chegaram a dizer que um desenho, com um velho como protagonista, nunca daria certo. Apesar de ser bem rabugento no começo da aventura, é impossível não gostar dele quando lembramos da sequência de abertura. Mas o outro protagonista, o garoto Russel, também não fica pra trás. Ele é um escoteiro que entra na história porque falta apenas uma medalha pra coleção dele, mas para ganhá-la ele precisa ajudar um idoso. Russel nos é apresentado como uma típica criança de oito anos, que fala o tempo todo e está sempre em busca de aventuras. Em dado momento, Carl sugere que os dois brinquem de quem consegue ficar mais tempo calado e o menino diz que sua mãe também adora essa brincadeira.

E não posso deixar de citar a já habitual preocupação da Pixar com os detalhes das suas animações. Como a barba de Carl que vai crescendo conforme o tempo passa ou os machucados e a sujeira no rosto de Russel, que não desaparecem magicamente. São pequenas coisas, mas que fazem toda a diferença.

Apesar do desenrolar da história já ser meio manjado (é um filme Disney/Pixar então a gente sabe que tudo vai dar certo), ainda assim é um excelente filme para os que gostam de uma boa animação. Mas para aqueles que são fãs da Pixar, Up - Altas Aventuras é simplesmente obrigatório. E prepare-se para se emocionar.



PS: O filme possui cópias normais e em 3D. Eu assisti em 3D e achei que não faz falta nenhuma, não é como Coraline onde o 3D ajuda a contar a história. Então fica a dica para quem não quiser pagar o absurdo que é o ingresso de filmes em três dimensões.

domingo, 6 de setembro de 2009

Chegou o Opera 10

Finalmente foi lançada a nova versão do Opera, um dos melhores navegadores para internet que existem, porém, o menos usado pelas pessoas. Até bem pouco tempo atrás, eu era um feliz usuário do Firefox, até conhecer o Opera e suas facilidades.

A primeira coisa que chama atenção nesta
versão 10 (sim, o Opera já é bem antigo) é o visual. Sei que muita gente vai dizer que não se importa com a aparência, que o importante mesmo são as funcionalidades. Isso até pode ser verdade para o usuário médio ou avançado, mas o usuário comum geralmente escolhe os programas que ficam mais bonitos no pc. E este novo Opera está muito mais bonito do que os anteriores. Nas outras versões, as abas, por exemplo, ficavam grudadas umas nas outras, agora elas têm um pequeno espaço que as separa. Pode parecer bobagem, mas isso facilita a navegação.

E por falar em abas, elas trazem duas ino
vações. A primeira é que, no lugar das abas tradicionais, você pode escolher ver miniaturas das páginas abertas. O problema é que isso ocupa um espaço considerável da tela, mas é justamente aí que entra outra inovação do Opera 10: o usuário pode escolher onde as abas vão ficar localizadas. Além da tradicional parte de cima, elas podem ser colocadas na parte de baixo ou em um dos lados da tela. Pessoas que têm monitor widescreen com alta resolução podem, tranquilamente, deixar as miniaturas em um dos cantos e ainda ter uma boa visualização da página.


Mas não foi a parte visual que me fez mudar para o Opera, até porque nem utilizo as miniaturas. O bom mesmo está no que já vem instalado nele, como o Opera Mail, um cliente de e-mail muito simples de configurar e que funciona muito bem. Antes eu usava o Thunderbird, um programa da Mozilla (a mesma do Firefox), e não gostei muito. E, assim como todo o resto do navegador, o Opera Mail também está mais bonito, com cores em todos os ícones do menu. Aliás, essa é outra diferença da versão 10 para as anteriores, antigamente tudo no Opera era preto ou cinza, agora ele tem uma paleta de cores um pouco maior. E eu já ia me esquecendo, o Opera Mail agora tem opção de usar o formato HTML para escrever mensagens, ideal para quem gosta de enviar e-mails com letras coloridas ou com imagens no corpo do texto.

Outro ponto positivo do Grande O é o sistema de feeds, muito útil para quem acompanha vários blogs. Alguns podem dizer que o Firefox também tem esse sistema, mas eu acho o do Opera bem melhor. Ele carrega as novas postagens como se fosse um e-mail, sem precisar e
ntrar no blog. Já o Firefox carrega toda a página do blog, o que pode ser um saco para quem tem conexão mais lenta.


E, pensando em pessoas com conexão mais lenta, essa nova versão vem com o Opera Turbo, um botão que fica no canto inferior esquerdo e que promete acelerar a abertura de páginas. Ele pode ser deixado no automático e vai se ativar sozinho quando detectar que você está conectado em uma rede lenta. Não posso dizer se funciona porque minha conexão não é tão ruim, então não usei esse recurso.

E por último, mas definitivamente não menos importante, temos a sincronização do Opera. Quando o usuário instala o navegador, ele tem a opção de criar uma conta no site da empresa, depois é só ir no menu arquivo e clicar em sincronização. O Opera vai salvar online todos os seus favoritos e algumas outras configurações. Chega daquele desespero de perder seus sites favoritos quando tiver que formatar sua máquina, basta reinstalar o Opera, logar e seus favoritos estarão de volta.

Claro que nem tudo são flores e algumas coisas poderiam ser melhores. Pra mim, ainda falta no Opera o recurso de auto-completar. É um saco ter que digitar meu endereço de e-mail completo toda vez que vou entrar no Orkut. E falando no Orkut, o Google Talk não funciona no Opera. Mas o defeito mais grave mesmo é o logotipo. Poxa, custava fazer algo maneiro como a raposinha de fogo?

Se você já usa algum navegador que não seja o Internet Explorer, significa que está aberto a novidades, então dê uma chance ao Opera porque vale a pena. Mas se você ainda é adepto do navegador da Microsoft, experimente pelo menos o Firefox.

Arraste-me para o Inferno

O diretor Sam Raimi começou a carreira fazendo filmes de terror, até ficar mega famoso dirigindo os filmes do Homem-Aranha. Sete anos e três filmes do aracnídeo depois, ele volta ao gênero onde tudo começou.

Arraste-me para o Inferno conta a história de Christine Brown (Alison Lohman), uma gerente de crédito bancário que almeja ser promovida, mas para isso ela deve mostrar ao seu chefe que é capaz de tomar decisões difíceis. Eis que surge no banco a Senhora Ganush (Lorna Raver), uma velha cigana, que foi pedir a extensão do financiamento da sua casa. Para impressionar o chefe, Christine acaba negando o pedido. Resultado: a velha cigana joga uma maldição na pobre moça, que agora tem apenas três dias antes de perder sua alma para o inferno.

A pergunta que todos fazem é: e aí, Sam Raimi ainda leva jeito pra coisa? Bom, uma coisa é certa, o filme é melhor do que muito remake de terror japonês que sai por aí ( alguém ainda aguenta ver aqueles fantasmas de longos cabelos molhados?), mas não chega aos pés do clássico trash Evil Dead (Uma Noite Alucinante aqui no Brasil). Mas não se preocupe, Arraste-me para o Inferno ainda é bem trash para os padrões atuais, com sustos fáceis e cenas que envolvem algum líquido nojento.

O melhor do filme é que Sam Raimi não fica tentando esconder as coisas, fazer aquele suspense barato. Logo na primeira cena nós já vemos o demônio Lâmia arrastando um garotinho para o inferno. Enquanto a maioria dos filmes fica mostrando apenas vultos passando rapidamente ou sons estranhos, Raimi faz questão de mostrar uma sombra com a forma do demônio. E não é uma sombra que apenas assusta a protagonista, ela agride ferozmente a pobre Chrstine. Ou seja, um terrorzão à moda antiga. Além disso, o diretor faz questão de colocar coisas bem clichês de filmes antigos, como a cena em que Christine escava uma sepultura de noite e com uma chuva desgraçada repleta de relâmpagos. Em outra cena, a jovem amaldiçoada chega a jogar uma bigorna na cabeça da velha cigana (só faltou aparecer o Pernalonga na hora). Aliás, as lutas entre Christine e a Senhora Ganush são as melhores coisas do filme, quase tão boas quanto Ash enfrentando a própria mão em Evil Dead.

Arraste-me para o Inferno é realmente divertido pra quem já gostava dos filmes de terror do Sam Raimi, mas pessoas que só o conhecem por causa do Homem-Aranha provavelmente vão se decepcionar (na sessão em que eu estava, escutei gente dizendo que era o pior filme que tinham assistido na vida). Só fiquei decepecionado com o uso exagerado de computação gráfica na cenas que envolviam líquidos repugnantes. Dava pra perceber que era muito falso, só não sei se o diretor fez isso de propósito ou não. De qualquer forma, valeu o preço do ingresso (até porque só paguei três reais). Agora fico na esperança de que algum dia Sam Raimi faça um novo Evil Dead.

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